quinta-feira, 4 de junho de 2015

Vai pra Cuba!...

VAI PRA CUBA!...

A esse bordão, que se ouviu muito, dirigido aos eleitores e simpatizantes das realizações do governo brasileiro, eu acrescentaria: Você também! Porque vale a pena conhecer, eu estive em Havana para fazer uma exposição e me apaixonei.
O povo cubano é simpaticíssimo! Parece com o brasileiro, são muito atenciosos, alegres, comunicativos e musicais. E gostam muito dos brasileiros e da música brasileira.

O Centro da cidade se parece muito com Salvador, os casarios antigos, sobrados, dois ou três andares, lembra muito o Pelourinho... A maior parte precisa de uma boa restauração, muitos já estão restaurados, é verdade, mas muito pouco ainda.

Vista da cidade do alto de um hotel.


“reflexos”


Mesmo edifício anterior – arredondado e todo de espelhos que refletem o entorno – sob diferentes ângulos.




O país é pobre. Tem-se a impressão que se compõe de somente uma classe social – uma classe média, com uma qualidade de vida similar à nossa classe média baixa (uma classificação muito pouco científica, mas...). Mas, ninguém passa fome, não existe miséria. O povo compra com uma moeda local – o peso cubano – tem lojas específicas para eles, assim como restaurantes onde pagam muito barato. Enquanto o turista paga com uma outra moeda – o CUC, que vale quase um dólar. Um turista de classe média brasileira pode curtir muito bem em Cuba.



Tiveram um período dificílimo quando perderam o apoio da União Soviética. Quando se abriram para o turismo – hoje uma de suas maiores fontes de renda – deram uma melhorada. Há insatisfação, principalmente por parte da juventude que não vê muita perspectiva no estudo, na universidade... trabalhar num hotel dá uma melhor renda porque possibilita gorjeta em dólar dos turistas. Mas o cubano tem‘consciência de povo’ – de sua história, de sua ‘cubanidade’... Esperemos para ver que mudanças virão com a aproximação com “os irmãos do norte”.


Callejón de Hamel - onde ocorrem manifestações culturais/religiosas de origem negra/africana – muito semelhantes ao nosso Candomblé brasileiro. Tem bar, galeria, arte, movimentação turística e até um ateliê de gravura.



Os carros antigos, décadas de 50/60, circulam livremente pela cidade. São uma marca registrada, muitos, muito bem conservados, parecem novos. Os mecânicos devem ser verdadeiros artistas, pois têm que reconstituir – ou criar – peças que já não existem mais.






Museu da Revolução
Fica no antigo palácio de governo na época do ditador deposto, Fulgêncio Batista. Conta toda a história da tomada do poder – assim como tentativas anteriores, quando muitos foram presos ou assassinados.


Os hotéis de luxo que existem hoje em Havana eram os cassinos – luxuosos, imensos – freqüentados pelos milionários americanos que iam à ‘ilha’ para jogar e em busca de prostituição... Sua ostensividade dá para entender o porquê da revolução: “Cuba era o quintal, ou melhor, o bordel dos EUA.”


Imagem de Che Guevara na Praça da Revolução, um dos um dos ícones do Movimento, cultuado pelo povo juntamente com Camilo Cienfuegos.



“Puertas, janelas, ventanas...



...y balcões”




Visão noturna

(Pode-se andar pelas ruas de Havana, em qualquer lugar, a qualquer hora do dia ou da noite, com toda segurança)









Y, además, hay buenas cervezas, el famoso ‘Ron’ (que nós chamamos Rum) y los ‘puros’ – para quem gosta, os famosos, em todo o mundo, charutos cubanos.